Comemorações do 50º Aniversário do Vulcão dos Capelinhos

Vulcão dos Capelinhos 

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Comemorações do 50º Aniversário do Vulcão dos Capelinhos.

No dia 27 de Setembro de 1957 iniciou-se uma erupção submarina ao largo do Farol dos Capelinhos, na Ilha do Faial.  

O Vulcão dos Capelinhos, para além de constituir um marco histórico da vulcanologia mundial, pelos estudos e ensinamentos que proporcionou, marcou decisivamente a história de uma Ilha e de uma Região. 

Com o intuito de preparar dignamente as comemorações do 50.º Aniversário do Vulcão dos Capelinhos, foi constituída uma Comissão de Honra, presidida pelo Presidente do Governo da Região Autónoma dos Açores e uma Comissão Executiva, coordenada pela Direcção Regional do Ambiente.  

A Comissão Executiva reúne e integra diversos organismos do Governo Regional dos Açores, das forças vivas da Ilha do Faial e do mundo da ciência. Como resultado, preparou-se um extenso e aliciante programa de actividades específico para estas comemorações. Entre outras actividades, preparam-se diversos livros, programa de televisão, peças de teatro, concertos musicais, palestras. 

As comemorações decorrerão entre 27 de Setembro de 2007 (50 anos após o início da erupção) e 24 de Outubro de 2008 (50 anos após o adormecimento do vulcão), com grande visibilidade não só ao nível da Região, como a nível Nacional e Internacional. 

Visite o site Oficial do Evento.  

www.vulcaodoscapelinhos.org

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A História do Vulcão.  

Vulcão dos Capelinhos, situa-se na Ponta dos Capelinhos, freguesia do Capelo, na Ilha do Faial, Região Autónoma dos Açores.  

O nome Capelinhos deve-se à existência de 2 ilhéus chamados de “Ilhéus dos Capelinhos”. Insere-se no complexo vulcânico do Capelo, constituído por cerca de 20 cones de escórias e respectivos derrames lávicos, ao longo de um alinhamento vulcano-tectónico de orientação geral WNW-ESE.  

O vulcão manteve-se em actividade entre Setembro de 1957 e Outubro de 1958. A crise sísmica associada à erupção vulcânica e a queda de cinzas e materiais de projecção provocaram a destruição generalizada das habitações e dos campos das freguesias do Capelo e da Praia do Norte.  

Hoje em dia, o Vulcão dos Capelinhos encontra-se “inactivo”. No seu Cabeço Norte, existe uma pequena fenda que é o respiradouro do vulcão. Toda esta área foi constituída área de paisagem protegida de elevado interesse geológico e biológico, faz parte da Rede Natura 2000. 

 536630-med_11.jpg O Farol dos Capelinhos, será transformado num miradouro, e junto deste, ficará instalado o Centro Interpretativo do Vulcão. Próximo situa-se o Museu Geológico do Vulcão, inaugurado em 1964, que documenta toda a sua actividade eruptiva.  

Crise sismo-vulcânica e Erupção

De 16 a 27 de Setembro de 1957, registou-se uma crise sísmica na ilha com mais de 200 sismos, de intensidade não superior a grau 5 da Escala de Mercalli 

No dia 21 de Setembro de 1957, a água do mar começou a fervilhar. Três dias depois, a actividade aumentou intensamente havendo emissão de jactos negros de cinzas vulcânicas com cerca de 1 000 metros de altura (atingindo a altitude máxima de 1 400 metros) e uma nuvem de vapor de água que subia por vezes a mais de 4 000 metros.  

A 27 de Setembro, teve início pelas 6 horas e 45 minutos, uma erupção submarina a 300 metros da Ponta dos Capelinhos.

A partir de 3 de Outubro, a emissão de gases e as explosões de piroclastos, ainda que violentas passaram a ser menos freqüentes. Estas foram rapidamente sucedidas por explosões violentas, atirando autênticas bombas de lava e grandes quantidade de cinzas para o ar, enquanto que, por baixo correntes de lava escorriam para o mar. A erupção evoluiu formando primeiro uma pequena ilha a 10 de Outubro, chamada de “Ilha Nova” (e ainda, “Ilha do Espírito Santo” ou “Ilha dos Capelinhos”), com 800 metros de diâmetro e 99 metros de altura, ficando com a cratera aberta ao mar. Esta primeira pequena ilha se afunda no fim do mês.  

Em princípios de Novembro, a erupção recomeçou e formou uma nova ilha. Com a formação de um istmo, no dia 12, a pequena ilha liga-se à Ilha do Faial.  

Carlos Tudela, repórter da RTP munido da sua câmara de filmar, desembarca na ilha recém-nascida (na vertente do vulcão activo), acompanhado do jornalista Urbano Carrasco, do Diário Popular, arriscando as suas vidas num pequeno barco remado por Carlos Peixoto, para colocar a Bandeira Nacional nas cinzas basálticas da “Ilha Nova”.  

Em Novembro de 1957, aumentou progressivamente a actividade atingindo o seu máximo na primeira quinzena de Dezembro, surgindo um segundo cone vulcânico. A 16 de Dezembro, depois de uma noite de chuvas torrenciais e abundante queda de cinza, cessou a actividade explosiva e começou a efusão de lava.  

No início de 1958, o reporter da revista National Geographic, John Scofield, e o famoso fotógrafo, Robert F. Sisson, passaram um mês documentando as várias fazes da erupção. (Ref.ª National Geographic, Junho de 1958)  

Em resultado da erupção de Maio a Outubro de 1958, a área da ilha aumentou em 2,50 km². Actualmente, essa área ficou reduzida a cerca de metade devido à natureza pouco consolidada das rochas e à acção das ondas.  

(Ref.ª Actividade vulcânica do Faial – 1957 a 1967, Frederico Machado e Victor Forjaz, Comissão de Turismo do Distrito da Horta, Porto, 1968; Vulcão dos Capelinhos – Retrospectivas, Vol. 1, Victor Forjaz, Observatório Vulcanológico e Geotérmico dos Açores, São Miguel, 1997).  

Fonte: Wikipédia

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